quarta-feira, 12 de agosto de 2009

NOTÍCIA: O CD vai diminuir de preço (sei...)



Diante da alardeada iminente "morte" do CD como suporte de músicas, é aprovada uma emenda constitucional que reduz taxas e encargos que incidem na fabricação do mesmo. Incrível a agilidade das pessoas que tomam as decisões nesse país. Tal decisão foi tomada com... uns dez anos de atraso? Depois que a pirataria e a troca de arquivos já se consolidaram? Depois que vários artistas estão buscando novas alternativas a um modelo que está realmente fadado a ser página virada na história?
Tapar sol com peneira, como sempre. Só para eles se vangloriarem de que estão preocupados com questões referentes à cultura e ao ganha-pão de quem vive dela. Sei.
Fora que, provavelmente esse desconto seja na base de uns 10 a 5%. Ou seja, a diferença não vai ser significativa.
Tenho acompanhado as repercussões de tal medida, e reproduzo aqui um comentário que muito me chamou a atenção, feito pelo Bruno Medina, tecladista do Los Hermanos, sobre a questão : "Mais difícil do que conquistar a preterida equiparidade será me convencer de como um disco que hoje é vendido por R$ 33.00, e, depois da lei, por R$ 30.00, resultará num reaquecimento do mercado e, por consequência, em duro golpe na pirataria. Sinceramente não consigo enxergar como os novos parâmetros acirrariam a competição com arquivos baixados de graça na internet ou CDs adquiridos por R$ 5,00 nas banquinhas do camelô".
Pois é. Que diferença de preço! De R$ 33 para R$30! Todos vão deixar os downloads de lado e comprar um monte de CD! A pirataria está com os dias contados!Com um desconto assim, torna-se irresistível comprar um CD!Não sei o que estou fazendo aqui, em frente a esse computador, quando deveria estar comprando CD´s!
Porém, ironias à parte, pelo menos para mim, nada substitui escutar música com um encarte em mãos, com as informações sobre quem gravou o quê, sobre quem produziu, com as letras, fotos e o escambau. É aquele tal lado romântico do jurássico vinil, que já está se extendendo também ao agora cretáceo CD. Mas os tempos são outros. Tal modelo de comercialização da música já agoniza, já não é mais compatível com os tempos atuais.
O impressionante é ver que muitos ainda não se deram conta disso.

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