quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Insensível...

Insensível. Título de uma música dos Titãs. E agora também título deste post. Não necessariamente esta música,mas um evento relacionado a ela me motivou a escrever isto aqui, que tem uma ligação também com os posts anteriores, principalmente aos do "dossiê emo".
Explico: estava eu vendo uns vídeos dos Titãs no You Tube, e resolvi assistir ao dessa música, pois gosto muito dela. Por curiosidade, resolvi olhar os comentários e constatei que estava rolando uma discussão motivada por alguém que escreveu que achou a referida canção "emo". Tudo bem, cada um tem o direito de expressar sua opinião, mas não pude deixar de concordar com algumas pessoas que se manifestaram contra o que foi escrito por esse internauta. Talvez o cara nem ache isso e só postou pra sacanear e criar polêmica, vai saber. Mas sem querer tocou num ponto importante de algo que, quase impercepivelmente, vem acontecendo: uma certa generalização.
Realmente: deve ser reflexo da emofobia, pois é cada vez mais comum ouvir esse tipo de comentário quando uma banda faz uma balada romântica ou algo que trate de sentimentos: é taxada de emo. Porém, muitos se esquecem que sensibilidade é algo inerente a qualquer músico que se preze - os músicos de verdade, que amam verdadeiramente a música, vale salientar.
Se assim for,toda a música é emo. Porque esta sempre será a expressão de um sentimento (positivo ou negativo), tenha ela letra ou não. Falar, por exemplo, de tristeza, melancolia, corações partidos, saudade, solidão, as dores, sabores e dissabores do amor não é e nunca foi prerrogativa só do emocore: esses temas são universais. E fazer pouco de músicas que tratam disso é meio que negar a si próprio: qual ser humano nunca sentiu, ao menos uma vez na vida, algum desses sentimentos?
Achar uma música bonita e se emocionar não faz de ninguém menos homem. Não existe fraqueza nisso.
Além do mais, sempre aparecerão artistas e bandas que farão músicas sobre esses tais sentimentos, hoje e sempre, independente do emo ou de qualquer movimento da vez. Estes temas não se esgotam, porque somos todos humanos, e não pedras.
Ainda bem.

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